22 novembro 2008

E porque não Fluxbox?

Há alguns dias dei um oportunidade ao Fluxbox (FB) e passei a usá-lo em exclusividade no meu Linux(1). Quem já experimentou este ambiente de trabalho sabe que é um ambiente minimalista, pouquíssimas coisas, mas muito leve em consumo de memória, e muito rápido como é lógico. Qualquer utilizador que tente usar um novo ambiente, irá imediatamente personalizá-lo de modo que ele se adapta aos seus gostos e necessidades. Foi o que fiz.

Primeiro e antes de falar um pouco sobre o FB, tive de o instalar. Em Debian e afilhados como o Ubuntu, basta fazer:

sudo apt-get install fluxbox fluxconf

O Fluxconf é para se poder dar umas personalizações, sempre útil. Após instalado, basta fazer logout e voltar a fazer login, mas trocando a sessão para o Fluxbox no ecran de login do Ubuntu (GDM). É tal e qual como disse anteriormente aqui no Tux Vermelho com o KDE 4.

Para começar não gostei da barra de ferramentas do FB, achei-a simples demais. Fiz a instalação da fbpanel por ser também simples e leve, mas tem um menu como estamos habituados no Gnome e outros ambientes de trabalho.

fbpanel

Claro que clicando com o rato no desktop do FB se tem acesso a vários menus, mas nem sempre acho práctico. São gostos. Pouco depois descubro que não tenho som no FB e estar a ver mais um episódio do Stargate Atlantis sem áudio, é coisa que não recomendo. Basta abrir um terminal e escrever:

pulseaudio &;

...e está feito. Como o desktop está tão vazio e limpinho, lembrei-me do post sobre as "Docks" e seguindo a recomendação do Egcl, instalei a Wbar e personalizei-a gosto. Ainda fiz algumas experiências com os Google Gadgets mas os Screenlets encaixam bem melhor.
Aproveitei para adicionar mais uns programas ao arranque do FB, para tal bastando editar o ~/.fluxbox/startup e lá no fundo escrever o nome deles com um "&" à frente. Como exemplo do meu:

...
# Applications you want to run with fluxbox.
# MAKE SURE THAT APPS THAT KEEP RUNNING HAVE AN ''&'' AT THE END.
#
unclutter -idle 2 &;
pulseaudio &;
wbar &;


Também se pode alterar o menu do FB, aquele que aparece ao clicar o rato sobre o desktop, no ficheiro ~/.fluxbox/menu. É neste ficheiro que se pode acrescentar, modificar ou retirar programas ao menu.

E por fim foi o wallpaper a alterar. Segundo googlei, bastaria colocar o caminho do wallpaper no ficheiro ~/.fluxbox/startup e comentar outras entradas que começassem por "fbsetbg". Mas aqui o FB recusava-se a meter o wallpapaer escolhido por mim. Depois de esgravatar pelos ficheiros de configuração e sem sucesso, resolvi optar por alterar o wallpaper pela maneira mais fácil. De volta ao terminal escrevi:

fbsetbg -f imagem.jpg

Done! Fiquei imediatamente com um desktop apetitoso e volumoso:

Fluxbox

Se por acaso houver algum problema com o FB após a alteração de configurações feitas por vós e que impeçam o funcionamento dele, basta fazerem um Ctrl + Alt + Backspace, login noutro sessão e apaguem a pasta ~/.fluxbox. Depois voltem a iniciar a sessão no Fluxbox e recomeçar novamente, mas agora sem estragar demais.


(1) Reparem que escrevi "...meu Linux...", coisa que outros utilizadores de certos sistemas operativos não podem dizer. Um utilizador de Windows nunca poderá dizer "o meu Windows", porque ele continua a pertencer à Microsoft... Só para relembrar.

8 comentários:

Desktop? Que Desktop? ;D

Wallpaper legal =]
Libera o link pra geral ;D
Flwss

Sendo utilizador do FB à já largo tempo, tenho a dizer que foram esquecidos aspectos importantes:

* TABs. Gostam de tabs? O FB consegue agrupar as janelas em tabs :)

* AppSwitcher. Infelizmente não tem um destes (nem conheço nenhum programa que faça esta função). Quer isto dizer que quando se usa o alt-tab, não há qualquer preview. Nos WM habituais, quando se usa o alt-tab, aparece uma caixa de dialogo com ícones ou previews das janelas antes de mudar efectivamente. No FB isso não acontece

* Configuração das teclas altamente flexível.

* Recentemente foi introduzida uma interface por linha de comandos ;)

Wallpaper sff.

E ja agora experimenta OpenBox

Wallpaper original:
http://u1.ipernity.com/10/40/30/3484030.7a062b23.jpg

Este comentário foi removido pelo autor.

Hmm. Vlw. O Fluxbox realmente é muito bom. Já ouvi a descrição de que ele é a mais pura expressão da arte em C++, feita em apenas 1mb. Ou seja, um código perfeito, feito em muito pouco espaço. Uso ele apenas quando quero um desktop mais leve, por exemplo, quando estou com pressa, ou quando estou jogando jogos pesados, para poupar processador e memória RAM. Quando não, fico com meu KDE4 mesmo. Parabéns pelo artigo novamente. Abraços

Já tinha visto a gaija no ipernity estava curioso para ver onde "encaixava" ;-)

Quanto ao FluxBox já o experimentei não é mau e é realmente muito leve! Eu habituei-me muito ao XFCE, embora goste de experimentar outros e ate por vezes tenham características bem interessantes é com o XFCE que me sinto mais "confortável"