03 abril 2006

Chantagistas à solta!!


A associação fonográfica portuguesa (AFP) em conluio com a International Federation of the Phonographic Industry (IFPI), mostrando que não tem visão de futuro, vem ameaçar os utilizadores da net em Portugal de que são bem capazes de receber uma ameaça em forma de carta, convidando a pagarem uma indemnização de 3000 a 5000€, caso contrário, vão para tribunal...

Em primeiro lugar, ainda vivemos num estado de direito e como tal, quem pode passar multas é o Estado ou organismos dependentes deles e não uma qualquer organização de cretinos.
Segundo, se forem para tribunal, tem de provar que as pessoas fizeram os downloads, uma vez que no nosso sistema juridico, até prova em contrário os réus são inocentes. E não serve como prova as listas de logs que eles possam ter, nem podem ir aos ISPs pedir a identificação dos IPs, pois sem mandato judicial os logs não são aceites como prova.
Mais, quem receber as cartas da Associação Protectora do Dzrt, tem fundo jurídico para pedir uma indemnização por chantagem e extorsão, pois é o que esses cretinos estão a fazer, uma vez que estão a exigir dinheiro às pessoas tendo como contrapartida uma ameaça.
Não esquecer que o fazer download de musica não é crime, logo não podem pôr uma acção criminal sobre essas pessoas! Quanto muito é uma acção cível e como tal podem pedir uma indemnização que seria fixada por um juíz, cujo valor teria de ser enquadrado na lei portuguesa e nunca por uma associação de cretinos!

Mas será que esses cretinos realmente perdem dinheiro com os p2p, com os downloads ilegais?
Segundo um estudo realizado pela associação canadiana da indústria fonográfica, revela que afinal as redes p2p não são a principal causa para a redução nas vendas de CDs. Esse estudo mostra que os utilizadores dos serviços p2p não deixam de comprar música! Esta notícia foi tirada do Tek Sapo.

E o caso do Fernando Rocha? Ele próprio admitiu que só teve o sucesso que teve, graças aos users que partilharam os seus mp3 pela internet... Assim como os Gato Fedorento! E as editoras encheram o cu à conta deles! A afp vai passar um cheque aos utilizadores dos p2p por isso? E os Gorillaz?? E de outras bandas internacionais que disponibilizaram as suas músicas na Internet e que depois tiveram sucesso ? Como é? A madonna está mais pobre porque as suas musicas são das mais puxadas?

MIGUEL ÂNGELO, VOCALISTA DOS DELFINS
“É uma questão que já vem do tempo da ‘cassete pirata’, que se tornou maior desde a chegada do CD, o que permitiu às pessoas fazerem cópias com maior qualidade. Mas a pirataria vai perder significado porque o suporte disco tende a desaparecer. Aliás, hoje mesmo nos EUA pode-se fazer história – pela primeira vez um artista pode ter mais vendas pela ‘net’ [‘downloads’] do que discos vendidos. Fazia as minhas colectâneas, mas isso não é pirataria. É como os miúdos fazem hoje, vão à ‘net’ e sacam as canções que querem. É um processo que acaba com os discos conceptuais, mas é assim mesmo.”

TIM, VOCALISTA DOS XUTOS & PONTAPÉS
“A pirataria é algo de negativo porque põe em causa a sobrevivência dos que vivem da música e, esses, não são apenas os músicos. É um problema que afecta técnicos, estúdios, as pessoas que fazem o grafismo dos álbuns... Uma coisa é fazer uma cópia para usar em casa, outra bem diferente – e perigosa – é fazer centenas de cópias para vender. Claro que fiz cópias de álbuns para cassetes, mas isso não é sequer considerado pirataria, porque o intuito não era distribuir publicamente. Além disso, já se pagavam as cassetes bem caras por causa disso.

COURTNEY LOVE CRITICA COMPANHIAS DISCOGRÁFICAS
Courtney Love, guitarrista e vocalista dos Hole e viúva de Kurt Cobain (ex-líder dos Nirvana), fez uma reflexão sobre a pirataria e concluiu que uma banda que conseguir “um contrato fabuloso” – uma parte de 20% em ‘royalties’ e um milhão de dólares como avanço – “pode enfrentar inúmeras dificuldades económicas, mesmo que consiga gravar um álbum de sucesso.

Depois de fazer várias contas, Love apurou que a venda de um milhão de exemplares pode dar ao grupo “zero dólares”. “E quanto é que a companhia discográfica facturou? Onze milhões”, observou, lembrando que depois dos gastos com a produção do disco a companhia lucrou 6 600 000. “Claro que a banda se divertiu. Ouviu o seu disco na rádio, vendeu discos, conquistou novos fãs e foi óptimo passar pela TV, mas agora não tem dinheiro para pagar a renda e ninguém lhes dá crédito. Pior que tudo, a banda não detém a propriedade do seu próprio trabalho... Podem pagar a hipoteca para sempre mas nunca possuirão a casa.”

E acrescentou: “Quando se lê os direitos legais num CD, diz, por exemplo, ‘Copyright 1976 Atlantic Records’ ou ‘Copyright 1996 RCA Records’. No entanto, quando se pega num livro, diz ‘Copyright 1999 Susan Faludi, ou David Foster Wallace’. Os autores são donos dos seus livros e licenciam-nos às editoras. Quando os contratos terminam, os escritores têm os seu livros de volta. Mas as companhias discográficas detêm os nossos direitos para sempre. Este sistema está montado de tal forma que quase ninguém é pago pelo seu trabalho.

A concluir, Love deu o exemplo de Toni Braxton, que declarou falência em 1998.
“Ela vendeu 188 000 000 de dólares em CD, mas foi à falência devido a um péssimo contrato que lhe dava menos de 35 cêntimos por álbum. E há centenas de histórias de artistas dos anos 60 e 70 que faliram porque nunca viram um cêntimo dos ‘hits’ que gravaram. Artistas que geraram milhares de milhões de dólares para a indústria, vivem hoje na pobreza. Isto, sim, é pirataria!”


Quanto aos direitos de autor, eles tem que ser protegidos. Não posso é concordar que um CD cujo custo de fabrico são alguns centimos e depois seja vendido por 15/20 euros e que apenas 2 euros vão para o artista e o resto para a editora.

Na verdade, as editoras e os cretinos que as mantem, querem continuar como antes, a deter o poder monetário e manipular o que os ouvintes devem ouvir. E com a internet em banda larga, tudo mudou! Somos nós todos que decidimos o queremos ouvir, só os bons é que sobrevivem e não vale a pena fazer marketing ao que não presta, que de dzrts e ágatas já ninguem engole!

Não esquecer:
- As gravadoras faturaram US$ 1,1 bilhão com música digital em 2005 (em 2004, foram US$ 380 mi). Isso representa 6% das vendas gerais de música.
- Foram feitos 420 milhões de downloads legais no ano passado.
- E a taxa de direitos de autor que pagamos quando compramos cd´s e dvd´s virgens??? Isso é o quê? Para onde vai esse dinheiro?

Fica aqui um comentário dos dzrt!-- e com ele eu apelo aos utilizadores de p2p que, por favor, puxem e bastante as musicas deles, que assim eles deixam de andar por aí a conspurcar o nosso paronama musical...

Bons downloads!!

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